Capuz preto














Meus caros amantes do colchão,
Só há um bendito e verdaderio covarde
Que nosso espaço invade sem permissão.
Bandido que rouba a melhor coisa: O tempo vivido.
Não se deixe por ele dominar ao fechar a janela da vida,
Por que secar ao luar se pode virar a noite em dia?
Assista então, seu tempo esvair-se entre fronhas e colchão,
Mil coisas você faz, com certeza, à fazer um milhão.
Resista, seja o ator e não a platéia, o motivo e não as palmas,
Aproveite a vida, não se abandone indo junto a aurora
Mesmo que seja por um quarto do dia este tempo já fora.

O sono é ilusão!
Se o corpo e a mente funcionam: pulmão bate, coração respira
E o sangue circula em ambos sem fechar os olhos,
Por que só eu finjo-me de tonto nesta imensa e inerte escuridão?
Quero cantar os sonhos tidos e ouvir meu íntimo.
Não tente me convencer do conhecido,
Descanso não é preciso!
E tenho dito a este sono maldito.

Quando ele chega eu tento e agüento,
Mas por fim lamento...
Capuz preto, bandido traiçoeiro,
Vem...Roubar-me...
O que de mais...
Precioso...
Tenho...
Zzzz



Katerine Sleep

Nenhum comentário:

Postar um comentário