Águas rasas

Subi estrondosas montanhas
Enfrentei ruidosos trovões
E cai em águas rasas...

Travei batalhas, como fina árvore ao vento
Mas não atrevi-me a tocar escondido peito
E descobrir novos inimigos dos quais temo

Até que debruçada na janela
Degustando a calma,
Libélulas avisaram-me sua chegada


Me acordas e drasticamente transforma
Para mundo o sou de novo infanta
Apaixonada, tua beleza me encanta


Livro instigante que não paro de ler
Como chocolate, compulsiva vontade de ver-te.
Alegria, negra nuvem que cega e inebria.

Desvairada por teu sorriso meus passos o seguem
E o coração, como inimigo
Para o ponto mais alto leva-me


Na grama do abismo
Libélulas morrem, o vento alarma:
O que faço aqui contigo... Tiraste minha calma!


Sem saída, volto para a vida
Na janela debruçada
Relembrando histórias dantes escritas:


Subi estrondosas montanhas
Enfrentei ruidosos trovões
E cai em águas rasas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário